quinta-feira, 20 de junho de 2013

Já que o assunto atual é a manifestação no Brasil, confira um histórico das manifestações no mundo.



  • Movimento negro - Estados Unidos

    Movimento negro - Estados Unidos

    O movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos foi a campanha por direitos civis e igualdade para a comunidade afroamericana nos Estados Unidos, tendo como principal líder, Martin Luther King. Dois momentos-chaves na luta por direitos iguais foram a marcha sobre Washington, que reuniu mais de 250.000 pessoas, e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a King em 1964, que ajudaram a trazer atenção mundial para a causa. Entre as principais conquistas da época estão a aprovação da Lei dos Direitos Civis, 2 de julho 1964, que estabelecia o fim da discriminação racial nas acomodações públicas, no emprego, na educação e no registro de eleitores, e o direito ao voto pelo negros do sul, em 1965.


  • Apartheid  - África do Sul

    Apartheid - África do Sul

    O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 na África do Sul, favorecendo uma minoria branca e impondo restrições à população negra, com direito a massacres (em 1960, 67 negros foram mortos pela polícia), prisão de diversos líderes, como Nelson Mandela e Johnny Issel, entre outras punições. Com o declínio do domínio dos brancos, as manifestações contra o apartheid foram intensificadas. Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do regime de segregação.

  • Diretas Já - Brasil, 1984

    Diretas Já - Brasil, 1984

    O movimento Diretas Já foi uma manifestação que reivindicava a volta das eleições presidenciais diretas no Brasil, e ocorreu entre 1983 e 1984, com o país há mais de 30 anos vivendo sob o regime militar. Dezenas de protestos aconteceram com a bandeira das Diretas Já, mais foi a manifestação realizada em 16 de abril, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, que entrou para a história. Cerca de 1.500.000 participaram do protesto pedindo a volta do regime democrático ao país. Até hoje, essa é considerada a maior manifestação popular da história do Brasil. Os resultados da pressão popular vieram poucos anos depois, com a aprovação de uma nova Constituição, em 1988, e eleições diretas para 
    presidente em 1989.




  • Panelaço - Argentina, 2001

    Panelaço - Argentina, 2001

    Os argentinos saíram às ruas com panelas na mão, em dezembro de 2001, para pedir a saída do presidente Fernando De la Rúa. O protesto foi motivado pelo agravamento da crise financeira no país e pela medida anunciada pelo presidente de confiscar os depósitos bancários. O centro dos protestos foi a Praça de Maio, onde está localizada a Casa Rosada, sede do governo federal. Ao longo dos dias, os protestos foram intensificados, aumentando também o conflito entre policiais e manifestantes. Estima-se que cerca de 30 pessoas morreram nas manifestações, que culminaram com a renúncia de La Rúa, em 20 de dezembro de 2001.


  • Protestos em Mianmar - 2007

    Protestos em Mianmar - 2007

    Em agosto de 2007, a população e monges budistas iniciaram uma série de protestos antigovernamentais contra a situação econômica de Mianmar (antiga Birmânia). Devido à cor do traje usado pelos monges, o protesto também ficou conhecido como "Revolução Amarelo-Laranja". Os protestos foram considerados o maior levante popular dos últimos anos contra a junta militar que governa o país do Sudeste Asiático. A repressão por parte da polícia foi forte. Acredita-se que pelo menos 3.000 pessoas morreram nos confrontos, além do governo ter restringido o acesso à internet e imposto um toque de recolher à população.

  • Protestos contra Ahmadinejad -Irã, 2009

    Protestos contra Ahmadinejad -Irã, 2009

    Centenas de manifestantes foram às ruas de Teerã, em um protesto que durou 10 dias, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, declarado vitorioso nas eleições presidenciais do Irã com 62%. Nomes da oposição, entre eles o candidato derrotado Mir Houssein Mousavi, acusaram o governo de fraude eleitoral e corrupção. Como as emissoras do país não divulgavam os protestos, os manifestantes recorreram a canais como Twitter, You Tube e Flickr para reportar a todo o mundo o que estava acontecendo no Irã.


  • Protestos contra o presidente  - Geórgia, 2007

    Protestos contra o presidente - Geórgia, 2007

    Cerca de 40 mil pessoas exigiram eleições antecipadas na Geórgia durante um protesto em novembro de 2007 contra o presidente Mikhail Saakashvili. O protesto foi considerado a maior manifestação de descontentamento público desde a revolução de 2003, que levou Mikhail ao poder. Manifestantes -- 250 ao todo -- da oposição ocuparam a frente do prédio do Parlamento e disseram que não sairiam de lá até que suas exigências sejam cumpridas. A manifestação, organizada por 10 partidos e movimentos de oposição, apresentou uma carta de exigências ao presidente, exigindo a convocação de eleições parlamentares antecipadas; constituição de uma Comissão Eleitoral Central sobre bases paritárias; libertação de todos os presos políticos.


  • Camisas vermelhas - Tailândia, 2010

    Camisas vermelhas - Tailândia, 2010

    A Tailândia estava em crise desde que o premiê Thaksin Shinawatra foi derrubado por um golpe militar, em setembro de 2006. Quando o líder do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva, foi eleito primeiro-ministro, em dezembro de 2008, a expectativa era de que ele pusesse um fim à crise. Mas a situação só se agravou e, em março de 2010, quando os camisas vermelhas, passaram a exigir a renúncia do governo atual. Os protestos duraram mais de uma semana e chegaram a reunir 65 mil pessoas em uma caravana na capital tailandesa. Depois de dois meses, o movimento parou a cidade e levou o governo a lançar uma ofensiva para retirar os manifestantes das ruas. O número de mortos passou de 30.


  • Manifestações contra Ben Ali - Tunísia, 2011

    Manifestações contra Ben Ali - Tunísia, 2011

    As manifestações em janeiro deste ano contra o governo do presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, levaram o líder a renunciar depois de 23 anos no poder. Ben Ali deixou o cargo e o país rumo à Arábia Saudita depois que o governo decretou estado de emergência e um toque de recolher enquanto milhares de manifestantes protestavam no centro da capital, Túnis. Os bens de Ali e de sua família foram confiscados pelo Estado. O primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi assumiu a presidência interina e disse que sua prioridade é restaurar a ordem no país e convocar novas eleições em até 6 meses, o que não acalmou os manifestantes, que seguem protestando contra a participação de membros do partido de Ben Ali, o RDC, no governo de transição. Segundo a ONU, 219 pessoas já morreram e 510 ficaram feridas nos confrontos.


  • Protestos contra Hosni Mubarak - Egito, 2011

    Protestos contra Hosni Mubarak - Egito, 2011

    Manifestantes protestam desde a última semana de janeiro contra o governo do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Os egípcios querem que o presidente renuncie e um novo governo seja instaurado no país. Na terça-feira (1º), para celebrar o 8º dia de protesto, os manifestantes realizaram a "marcha do milhão", na praça Tahrir, no centro de Cairo, no maior protesto realizado até então contra o governo Mubarak. O governo bloqueou serviços como internet e telefones, mas mesmo assim os protestos continuaram pela capital egípcia. Tentando amenizar os protestos, Mubarak trocou parte de seu gabinete, sem efeito. O presidente também não conta com a força do Exército, que em nota disse que não vai reagir contra os manifestantes.

    Manifestações no Brasil

    Revolta da Vacina (1904)
    Para combater epidemias no Rio de Janeiro, o sanitarista Osvaldo Cruz conseguiu que a vacinação contra a varíola virasse obrigatória. Em novembro de 1904, a população se revoltou contra a medida e milhares de pessoas protestaram nas ruas. Não há estimativas precisas do número de manifestantes
    Suicídio de Getúlio Vargas (1954)
    Em meio a uma crise política, o presidente Getúlio Vargas se suicidou em agosto de 1954. Sua "carta-testamento", com críticas aos seus opositores, agravou o clima de comoção e revolta. Manifestações populares ocorreram em várias cidades nos dias seguintes. Algumas estimativas apontavam para até 3 milhões de pessoas nas ruas do país
    Comícios das Diretas Já (1984)
    Entre janeiro e abril de 1984, grandes comícios foram realizados no país pedindo a volta das eleições diretas para presidente, abolidas desde 1964. Os dois maiores foram em abril: na Candelária, no Rio, cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram no dia 10; no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, o número estimado chegou a 1,5 milhão, no dia 16
    Impeachment de Collor (1992)
    Denúncias de corrupção que atingiam o presidente Fernando Collor pipocaram na imprensa em 1992. Passeatas ocorreram em vários estados para exigir o impeachment de Collor, ou seja, seu afastamento da presidência. Uma das principais foi em São Paulo, no dia 18 de setembro, reunindo cerca de 750 mil pessoas
    Marcha da Família e Marcha da Vitória (1964)

    Em 19 de março de 1964, reuniram-se em São Paulo quase 500 mil pessoas na "Marcha da Família", um protesto contra o presidente João Goulart. Poucos dias depois ele foi deposto e, em 2 de abril, cerca de 1 milhão de pessoas participaram, no Rio, da "Marcha da Vitória" para saudar a queda de Goulart

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